Todos estes contos são inspirados em acontecimentos reais. Ao começar a escrever o primeiro, a intenção era dar-lhe um teor dramático, mas, de moto próprio, a comédia entranhou-se no drama, resultando daí uma salada de penas e riso, de reflexões e disparates, que contaminou o resto dos relatos.
Mas o que é certo, é que houve mesmo uma picada de abelha. Um ataque de um galo. O nome do gato era apenas Gato. Foi demonstrada a relação entre canja de galinha e futebol. Houve um funeral, padre à frente, carro funerário no meio, e apenas eu no cortejo fúnebre. Foi executada a missão de dizer “bom dia” a toda a gente. A mãezinha procurou uma relíquia nas Páginas Amarelas. Deu-se uma improvável ligação entre a recuperação de uma parte do pinhal do golfe e uma camisola azul de gola alta. Refletiu-se sobre o facto de a vida ser ou não um bolo de bolacha e, discorrendo sobre frio e calor, um inevitável desabafo: por que raio chamam Isabel à defunta rainha Elizabeth?
Por fim, o absurdo, mas real, esquecimento de um chinelo num táxi.
Tudo verdade verdadinha… apenas uma pitada de fantasia como tempero para ser fiel à receita da comédia dramática que é a vida.
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