O que é invisível aos olhos deve procurar-se com o coração.
Nunca nenhuma ideia traduziu de forma tão simples a essência da poesia como esta do Principezinho.
Entre as mãos e o sonho, na sua complexa beleza, tem esta simplicidade que só a boa poesia nos oferece, ao levar-nos pelo sonho, esse vento que não se sente nem se ouve, que fura negrumes, neblinas e nevoeiros, alcançando a mais alta claridade libertadora das grilhetas que nos prendem as mãos.
A poesia de Adão Cruz voa por onde vivem as quimeras, os sonhos feitos e desfeitos, por cima das serras e dos rios e, lá do alto, vê o menino que brinca com a Lua, os pássaros e a brisa da noite ao mesmo tempo que não perde de vista o caminho do homem que sonha com um mundo diferente para cá das nuvens.
Adão Cruz faz parte do reino dos verdadeiros poetas e os seus poemas estavam em falta nas mãos de quem verdadeiramente ama a poesia.
Augusta Clara de Matos
Adão Cruz é natural de Figueiras, Vale de Cambra, onde nasceu em 1937. Exerceu Clínica Geral durante seis anos em Vale de Cambra. Médico na guerra colonial da Guiné. Médico cardiologista. Ex-Assistente Graduado em Chefe de Serviço Hospitalar. Sócio da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Desde jovem cultivou ativamente a leitura e a escrita. Procurou exprimir-se através da pintura desde a década de oitenta.
Sempre colaborou em jornais, revistas e blogues. Este é o seu décimo quarto livro. Fez várias exposições, individuais e coletivas, em Portugal e fora de Portugal.
Sempre amou a liberdade do pensamento e da razão. Foi dentro deste amor que a escrita e a pintura o ajudaram a abraçar a vida.
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